segunda-feira, 16 de agosto de 2010

LÍNGUAS E IDIOMAS

Línguas e Idiomas


IDIOMA – Linguagem particular de um País.

LÍNGUA – Órgão muscular da cavidade bucal, modo de expressão lingüístico.


Essas são algumas definições encontradas no Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.

E, este estudo almeja mostrar que posso considerar as duas terminologias para o mesmo fim porque uma “língua nascente” pode se tornar o “idioma oficial” e vice-versa para um determinado povo. Idioma e língua são meras palavras para definir um tipo de comunicação.

Comumente estudiosos afirmam que “língua” relaciona-se a diversas formas de comunicação, expressão. E que “idioma” é a comunicação típica de um País. Existem muitas línguas e menos idiomas.

As línguas e idiomas não são processos naturais, mas acompanham “determinado grupo” desde sua infância. Ao longo de suas existências e conforme os usos acabam por ser extintas, conservadas ou evoluem na pragmática.

Para elucidar um “caso”, cito, por exemplo, a língua do indígena brasileiro. O indígena brasileiro foi o primeiro habitante do Brasil. Há algumas línguas indígenas e suas variações, como o tupi, guarani e outros. Em virtude do descobrimento do Brasil e seu processo de colonização, a língua do índio, não obstante ser “originária ou nascente” do território, “perdeu espaço” para a Língua Portuguesa, que é o idioma dos colonizadores.

Então, nosso idioma oficial é o Português. E, no Brasil há uma infinidade de línguas e Idiomas utilizados regionalmente devido aos costumes e culturas diferenciadas oriundas de imigrações. E é compreensível que o idioma oficial acabe se tornando a comunicação mais “trocada”, ou a mais evoluída e “atraente” ou que atenda somente aos interesses governamentais.

Mas será que daria para se acreditar que poderíamos mudar para outro idioma oficial em virtude de causas profundas ou por necessidade de respeito consciencial quanto à originalidade 'idiomática' factualizada? E, quais seriam as conseqüências?

Normalmente a população crê que o seu idioma é uma raiz base de sua História, mas nem sempre isso reflete a factualidade lingüística originária de um país, e isso efetivamente não causa impacto de originalidade lingüística e o termo “Idioma” não fica empregado corretamente.

Quanto ao uso da terminologia “Língua"  em Português, isso poderia causar certo impacto de originalidade artificial em memória à língua dos índios, pois é a primeira comunicação verbalizada deste país.  Também   por permitir a vaga idéia de órgão muscular que inevitavelmente já nasce com o corpo humano.

O Esperanto é outro exemplo deste estudo. O Esperanto é um Idioma que visa sua universalidade. Não aceita a concepção exclusiva de Pátria, pois visa “abranger” todas as Pátrias. Há, aqui, uma população específica interessada em uma proposta universal, então pode ser uma língua universal pois é um meio de comunicação lingüística de determinado “povo” e tem o seu diferencial”, mas pode ser o idioma universal do futuro, bastando ter sua maior abrangência, oficialidade. Mediante a idéia restrita de "Esperanto como segundo modo de expressão da comunicação de um determinado país" o mesmo pode tornar-se mais um Idioma Oficial (sem impacto de originalidade) perante aquele país que o "adotou" ou tornar-se como uma Língua Oficial popular visando a melhoria de comunicação entre nações.

Por tudo, enfim, tanto faz dizer: “Eu tenho um idioma oficial e uso uma língua específica” e, também, “Falo uma língua oficial e guardo um Idioma erudito em mim”, “Sua língua é sua pátria”! “Seu idioma é o seu reduto” – “redoma”, “indioma”, “inicioma”, uma questão particular. As terminologias “língua e idioma” não estarão incorretamente empregadas, pois o idioma é considerado como o meio oficial de comunicação de um país ou é base particular de determinado povo ou civilização, e a língua tem seu aspecto de diversidade comunicativa de um país e pode apresentar questões básicas de originalidade e legitimidade.

Concluo que para mim, idioma e língua estão intrinsecamente ligadas à sua localidade, sua História ou seu “campo de universalidade” e que ambas merecem o seu respeito.

Interessante é que tenhamos uma língua oficial da pátria, respeitemos a diversidade idiomática e usemos somente o Esperanto para facilitar a comunicação entre os povos e para fins de Organização Global entre Nações.



TEREZINHA MOUTINHO 31/07/09 08:06 minutos